Aos poucos uma nova rotina se delineava à frente dela. Acordar ao primeiro toque do despertador às 4h50 da manhã, lavar o rosto para o despertamento matinal, ler um capítulo da Bíblia para o despertamento espiritual. Tomar café “de macho” no trailer do velhinho, pegar o ônibus com o mesmo motorista e o mesmo coleguinha de trabalho.
Lecionar, consultando nos intervalos o quadro de turmas para não se perder pelos corredores da nova escola. Aos poucos o caminho para o café da cozinha se torna familiar e convidativo, e o aumenta o círculo de colegas de trabalho que se tornam amigos de vida.
Grata a Deus pela surpreendente provisão, envergonhada pelas vezes que duvidou da bondade de Deus, ela escolhia com prazer a roupa que usaria para a aula do dia seguinte, enquanto aguardava ansiosa o dia do uniforme e crachá chegarem. “Ele continua sendo bom, Ele continua sendo Deus” se tornou a trilha sonora daquela fase nova. E a paixão pelo ensino voltava com força, e o amor dos alunos desabrochava aos poucos com um elogio aqui, um abraço inesperado dos pequenos no seu joelho acolá.
Nascera para ser professora e uma porta aberta a poupou de dizer não à sua vocação do Alto. Era professora, era escritora, era “ensinadora”, e disso ela não poderia fugir.
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