segunda-feira, 9 de abril de 2018

O pastor de jovens

Ao longo da minha vida cristã, fui presenteada com três pastores de jovens que me
marcaram. Aos 15, pastor Moisés Coppe na Metodista. Aos 25, pastor Carlos Adrian na
Batista. Aos 30, pastor Rafael Rodrigues na Universal. Com seu linguajar jovem, seus
ensinamentos práticos, eles me mostraram que seguir o caminho estreito de Cristo era a
melhor alternativa pra minha juventude. Todos eles usavam óculos, tinham esposas belas
que se tornaram minhas amigas, e pra todos eles eu tive que dizer “adeus”, ou “até
logo”, ou “te vejo no céu”. 

Chegou a hora de dizer “tchau” para o pastor Rafael. O pastor de jovens paraibano “gordinho de óculos” que não era mais gordinho depois da bariátrica, e que me ensinou a fé racional da Igreja Universal. Ele foi o primeiro pastor daquela igreja a saber meu nome de cor, a saber minha história, e a valorizar meus talentos, me encorajando a dar aulas de Inglês, a participar do coral, a tocar violão, a
receber bem as almas que eram trazidas para nosso aprisco. Quando conheci sua esposa Zaquele me surpreendi em como uma moça podia ser tão linda, e tão doce, e tão firme e guerreira, tudo ao mesmo tempo. Ver o pastor andando sério pelos corredores, nos fazendo rachar de rir nos encontros da FJU, nos desafiando a ir além, tudo isso se tornou rotina pra mim. Mas sabia que chegaria o dia de dizer tchau. E chegou. Mas “não aprendi dizer adeus, nem sei se vou me acostumar”, como cantavam Leandro e Leonardo. Surpreendi-me com as lágrimas teimosas, afinal, depois de tanto tempo de Universal, já devia ter me acostumado com a itinerância de pastores. E afinal, ele nem sempre foi tão
fofo quanto soa. Houve dias em que ele era “João Batista no deserto” pregando “arrependei-vos, raça de víboras medíocres”, dias em que ele lutava contra o inferno por mim nas reuniões de libertação sexta de manhã, na FJU pregando disciplina, obediência e compromisso, como minha mãe, com um perfeccionismo que me fazia torcer o nariz por eu ser ainda uma menina meio teimosa, meio rebelde e meio avacalhada. Me assustava com seus gritos nos dias de twitaço e nos clássicos de Cruzeiro e Galo, e com sua frieza racional, quando não me deu parabéns no meu aniversário de 32. Porém, me surpreendia com sua generosidade ao pagar chup-chup pra todo mundo na quadra da praça da Glória, ao trazer pra nosso espaço a mesa de ping pong, tornando
pública a senha do wifi, o Uno e a dama, e acima de tudo o Totó. 

O mundo parou no dia em que o totó chegou no espaço FJU. Nem nos meus sonhos mais criativos eu teria uma mesa de totó tão linda, tão perto de mim. Joguei muito, lutei por um lugar à mesa de totó com meninos agressivos por futebol, joguei com as esposas donas de pastores que não estão mais por aqui. Até que o dia em que a mesa, levemente destruída por mãos ingratas teve que ir embora também. Até o dia, em que o pastor teve que ir embora também, levar junto Theo o cachorro fofo, e Dona Zaquele, a esposa linda que me ouvia e me compreendia e me encorajava. Ficam as boas lembranças, a recompensa de ver jovens firmes aqui, os ensinamentos, os frutos, e o galardão que ele só receberá no céu, quando Jesus voltar. Fica a gratidão de quem foi ovelha bem cuidada e bem pastoreada pelo pastor que sabia meu nome, minha história, minhas falhas e meus talentos. E
acreditou em mim apesar de tudo.

A praça. A Liberdade.

Voltar àquele lugar trazia luz e alegria pra sua alma. Sentia pulsar de novo a inspiração de poeta, e fotógrafa, e de moça vivente. Savassi, mais precisamente, Praça da Liberdade, traziam pra ela toda sua essência de mineira, de escritora, e sempre inspiravam as melhores fotografias, e as melhores crônicas. Aqueles jardins traziam de volta  a crença no amor e a vontade de amar e beijar seu príncipe loucamente debaixo daquelas palmeiras. Suspirava e se pedia sempre ter oportunidade de voltar ali, que, junto com a UFMG, e a Pampulha, figuravam entre seus lugares favoritos de BH, da vida. Queria ir de novo a NYC, Cabo Frio, e Londres, e Búzios, e Canadá, e Aracaju, e Portugal, mas queria sempre voltar pra Minas, pra BH, sua terra natal, sua raiz familiar. 

Acredito



_ Teacher, você canta bem! 

Se minha aluninha acredita nisso eu deveria acreditar também.

Trilah sonora


Ensinando para sua mãe o poder da música 
para trazer ânimo para as tarefas 
chatas do dia-a- dia.

Conversando na chuva


_Tá chovendo! 
_ Glória a Deus! 
_E quem manda a chuva? 
_O Deus!

Sem base

Eu sou dona de mim 🌸 Gabriela❤️ Sereia 🧜 Pimentinha♦️ Sorvete de pistache🍧 Chá branco🍵 Fulgor💙 Astro rei 🌞 Home office🔷 Aconchego 🤎 ...